Recuperação Judicial e Recuperação Extrajudicial: Como Proceder

Recuperação judicial ou extrajudicial ajuda empresas em crise a renegociar dívidas. A escolha depende do perfil da dívida e da negociação com credores.

Empresas enfrentam momentos de crise financeira, e saber a diferença entre recuperação judicial e recuperação extrajudicial é fundamental para tomar decisões estratégicas que preservem o negócio e protejam os interesses de credores e sócios.

O que é Recuperação Judicial?

A recuperação judicial é um procedimento previsto na Lei de Falências e Recuperação de Empresas (Lei nº 11.101/2005), que permite à empresa em dificuldades financeiras renegociar suas dívidas sob supervisão judicial.

Passos para a recuperação judicial:

  1. pedido ao judiciário: a empresa apresenta um plano detalhado de recuperação, incluindo ativos, passivos e projeções financeiras.
  1. análise do juiz: o magistrado avalia se a empresa cumpre os requisitos legais para deferimento do processo.
  1. assembleia de credores: os credores votam sobre o plano de recuperação.
  1. execução do plano: se aprovado, a empresa deve cumprir rigorosamente as medidas estabelecidas para reorganização financeira.

Benefícios da Recuperação Judicial:

  • suspensão de ações de cobrança e execuções judiciais.
  • possibilidade de renegociar dívidas com proteção legal.
  • tempo para reestruturar financeiramente a empresa e preservar empregos.

O que é Recuperação Extrajudicial?

A recuperação extrajudicial também permite renegociação de dívidas, mas ocorre fora do ambiente judicial, por meio de acordos diretos com credores.

Como proceder:

  1. levantamento das dívidas e ativos: a empresa identifica credores e valores em aberto.
  1. negociação direta com credores: busca acordos flexíveis, prazos estendidos ou redução de juros.
  1. formalização do acordo: é elaborado um contrato que deve ser registrado e, quando necessário, homologado judicialmente.

Benefícios da Recuperação Extrajudicial:

  • maior agilidade e menor custo em relação à judicial.
  • flexibilidade para criar soluções personalizadas com credores.
  • menor exposição pública, preservando a imagem da empresa.

Como decidir entre judicial e extrajudicial?

A escolha depende do grau de endividamento, da urgência de proteção legal e da disposição dos credores em negociar. Empresas com dívidas mais complexas ou múltiplos credores geralmente optam pela recuperação judicial, enquanto negócios com credibilidade junto aos credores podem optar pela extrajudicial para maior agilidade.

Entender os procedimentos de recuperação judicial e extrajudicial é crucial para empresas em crise financeira. Contar com assessoria jurídica especializada garante que a decisão seja estratégica, minimizando riscos e aumentando as chances de sucesso na reorganização do negócio.