A pejotização continua sendo um tema relevante e bastante debatido nas relações de trabalho no Brasil, principalmente em 2025. Para as empresas, contratar profissionais como Pessoa Jurídica (PJ) pode representar uma série de vantagens estratégicas e econômicas, especialmente diante das mudanças no mercado, avanços tecnológicos e do atual ambiente regulatório.
O que é pejotização?
Pejotização é a contratação de um profissional por meio da abertura de uma Pessoa Jurídica, em vez de vínculo tradicional CLT. Essa modalidade permite que a empresa contrate serviços com menor custo em encargos trabalhistas e maior flexibilidade operacional, desde que a relação seja genuinamente autônoma.
É importante destacar que essa forma de contratação deve respeitar os limites legais para evitar caracterização de vínculo empregatício — ou seja, a ausência dos quatro elementos que configuram a relação de emprego: subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade.
Principais vantagens da pejotização para empresas
Redução de custos trabalhistas e tributários: Ao contratar como PJ, a empresa evita encargos como FGTS, INSS patronal, férias, 13º salário e outros benefícios previstos na CLT, reduzindo significativamente os custos fixos.
Flexibilidade na gestão do quadro de colaboradores: A contratação PJ permite maior agilidade para ajustar o quadro conforme a demanda, sem as restrições e obrigações de contratos formais de trabalho.
Simplificação administrativa: A gestão fiscal e trabalhista pode ser menos complexa, uma vez que a empresa lida com uma nota fiscal emitida pela pessoa jurídica, facilitando controles e pagamentos.
Segurança jurídica, quando bem estruturada: Contratos bem elaborados que evidenciem a autonomia do prestador de serviço minimizam riscos de passivos trabalhistas.
Cenário jurídico atual e decisão do STF
Em 2025, o tema pejotização ganhou nova atenção com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a tramitação de todos os processos que discutem a legalidade da pejotização no Brasil. A decisão do ministro Gilmar Mendes visa aguardar um entendimento uniforme sobre o tema para garantir maior segurança jurídica às relações de trabalho.
O STF reforçou que a contratação por meio de pessoa jurídica é válida desde que não configure relação de emprego, ou seja, que não haja subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade, os quatro requisitos para vínculo empregatício segundo a CLT.
Com a suspensão, as empresas devem revisar suas práticas para garantir que os contratos estejam em conformidade com esses critérios, evitando riscos de autuações fiscais e ações trabalhistas.
O que as empresas devem fazer em 2025?
Avaliar cuidadosamente cada contratação: Confirmar que o profissional contratado como PJ atua com autonomia, sem subordinação direta ou controle rigoroso de jornada.
Adequar contratos e processos internos: Ter documentos claros que demonstrem a prestação de serviços de forma autônoma, evitando cláusulas que possam configurar vínculo empregatício.
Investir em compliance trabalhista: Consultorias jurídicas e auditorias internas são essenciais para mitigar riscos relacionados à pejotização e garantir conformidade.
Acompanhar decisões judiciais: Acompanhar o desfecho do julgamento no STF para ajustar estratégias conforme a jurisprudência consolidada.
Para as empresas, a pejotização pode representar uma alternativa vantajosa e estratégica, principalmente para funções que exigem flexibilidade e redução de custos. Porém, a segurança jurídica só é alcançada com atenção rigorosa aos limites legais e contratos bem estruturados.
Com a suspensão dos processos pelo STF, o ambiente está momentaneamente mais protegido, mas é fundamental que as empresas adotem uma postura preventiva para evitar passivos trabalhistas e fiscais no futuro.
Quer saber como estruturar a contratação de PJs com segurança e eficiência?
Entre em contato com nossa equipe jurídica especializada e proteja seu negócio com soluções personalizadas e atualizadas para 2025!